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 As empresas estão aprendendo a utilizar diferentes canais de mídia para criar relacionamento, incentivar a participação coletiva e o intercâmbio de ideias. Visando assim, aumentar as oportunidades de lucros, ampliar mercados e consolidar seus compromissos com o público.

Já as pessoas estão aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias para participar ativamente de sua cultura, interagir uns com os outros e ter um controle mais completo sobre o tipo de mídia e produto que consome.

Surge então um novo ambiente de interação em que há um fluxo mais livre de ideias e conteúdos. Já que a internet potencializa a participação coletiva, afirma Tapscott , cabe às empresas aprenderem como utilizar esse recurso para crescer e se reinventarem. Isso porque empresas inteligentes são aquelas que trazem seus clientes para as suas redes de negócios e atribui a eles papéis de liderança no desenvolvimento da próxima geração de produtos e serviços.

Segundo O`Reilly, sistemas, conteúdos ou serviços são criados para serem aperfeiçoados a partir da participação dos usuários. Assim, as pessoas podem adicionam conhecimentos aos serviços e quanto mais o utilizarem, melhores eles se tornarão.

Um dos melhores exemplos de participação coletiva atualmente é a criação colaborativa do Fiat Mio, o carro do futuro. Quer saber mais sobre o projeto? Acesse: Marcas Texto.

Depois de finalizado o projeto a FIAT divulgou um vídeo sobre como seria um dia no futuro com o FIAT MIO. Vale a pena conferir porque é incrível:

Vídeo via Brainstorm9

Ser um profissional imersivo significa envolver as pessoas em uma comunicação interativa, relevante e repleta de novas experiências. Para isso é importante o relações-públicas apreender os conceitos de transmedia storytelling, inteligência coletiva e cultura participativa.

TRANSMEDIA STORYTELLING:

relações públicas

Segundo Jenkins (2009) transmedia storytelling é a arte e a técnica de transmitir mensagens, temas ou histórias através de diferentes plataformas de mídia. Tudo começa com uma história central que se desdobra em meios diferentes. E no mundo interconectado de hoje, a narrativa transmídia convida o público a participar e vivenciar uma experiência mais profunda e rica com a história, navegando através de diferentes mídias.

Uma história transmídia, “desenrola-se através de múltiplas plataformas de mídia, com cada novo texto contribuindo de maneira distinta e valiosa para o todo” (JENKINS, 2009, p.138). Para que uma história possa ser expandida em outras mídias é importante escolher o melhor meio para veicular a mensagem proposta – que deve ser autônoma – de modo que “não seja necessário ver um filme para gostar do game e, vice versa” (JENKINS, 2009, p.138).

INTELIGÊNCIA COLETIVA:

Inteligência coletiva é “uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta uma mobilização efetiva das competências” (LÉVY, 1999, p. 28). Portanto, é fato que conectadas na internet, muitas pessoas utilizam seus conhecimentos individuais para fins e objetivos comuns.

Porém é importante lembrar que “Ninguém sabe tudo. Todo o conhecimento reside na humanidade. A Inteligência coletiva refere-se a essa capacidade das comunidades virtuais de alavancar a expertise combinada de seus membros” (LÉVY, 2008, p.20 apud JENKINS, 2009, p.56).

CULTURA PARTICIPATIVA:

relações públicas

Segundo Jenkins (2009, p.53), o público que ganhou poder com as novas tecnologias e vem ocupando um espaço na intersecção entre os velhos e os novos meios de comunicação, está exigindo o direito de participar intimamente da cultura. Portanto, a circulação de conteúdos – por meio de diferentes sistemas de mídia, ou fronteiras nacionais – depende fortemente da participação ativa das pessoas.

Atualmente, conteúdos, que antes eram somente produzidos e distribuídos por profissionais e produtoras, estão ao alcance de todos na Internet. Pessoas que desejam participar de sua cultura ganharam espaço na economia da participação. Nesta economia o ambiente se traduz entre trocas mútuas entre públicos e mídia. Ou seja, os usuários participam buscando visibilidade e reputação, fazendo sua opinião chegar ao grande público. Já a mídia, segundo Jenkins (2009) entende a participação do usuário como sendo uma fonte alternativa de poder midiático e se apoia a eles com o intuito de potencializar o seu próprio poder.

Além desse exemplo, quem não se lembra da repercussão do #CALABOCAGALVAO – Na Copa do Mundo?! E o fail da #CHUVADETWIX ?! 

Isso exige que as empresas repensem a forma como se relacionam com seus diferentes públicos e compreendam que estamos passando por mudanças na forma como as pessoas se relacionam, produzem mídia e principalmente se comunicam e interagem.

Se os antigos consumidores eram previsíveis e ficavam onde mandavam que ficassem, os novos consumidores são migratórios, demonstrando uma declinante lealdade a redes ou a meios de comunicação. Se os antigos consumidores eram indivíduos isolados, os novos consumidores são mais conectados socialmente. Se o trabalho de consumidores de mídia já foi silencioso e invisível, os novos consumidores são agora barulhentos e públicos. (JENKINS, 2009, p. 47)

Fato é que a convergência dos meios de comunicação permite um fluxo mais livre de ideias e conteúdos, portanto, estimula as pessoas a participarem mais ativamente de sua cultura, a construírem coletivamente o conhecimento e buscarem novas experiências através de narrativas transmidiáticas.

#Henry Jenkins – Cultura da Convergência – vale a leitura!

#Texto retirado do meu TCC.

A convergência não está presente apenas nos entretenimentos, conteúdos e serviços que fluem em diferentes mídias, mas também nos relacionamentos, memórias e fantasias que fazem parte do dia a dia das pessoas.

Um relacionamento a distância, por exemplo, pode ser construído através de diferentes plataformas de mídia – seja mensagens instantâneas, ligações de voz, músicas ou vídeos produzidos e distribuídos na internet ou e-mails trocados constantemente.

Atualmente, com o auxílio da convergência de mídia, as pessoas estão adotando posturas participativas e ativas, e muitas vezes acabam assumindo o controle das mídias, o que pode trazer resultados positivos ou negativos:

Como foi o caso recente de um pedido de casamento feito pelo twitter que alcançou os TT – #BrunaDigaSim e foi divulgado em diversas mídias.

Confira publicação em:

http://priloredo.tumblr.com/post/1348391834/afinal-o-que-e-cultura-da-convergencia

Transmídia Storytelling

Acredito que essa frase, retirada do livro “Cultura da Convergência” de Henry Jenkins, transmite a essencia do transmedia storytelling:

Quando comecei, era preciso elaborar uma história, porque, sem uma boa história, não havia um filme de verdade. Depois, quando as sequências começaram a decolar, era preciso elaborar um personagem, porque um bom personagem poderia sustentar múltiplas histórias. Hoje, é preciso elaborar um universo, porque um universo pode sustentar múltiplos personagens e múltiplas histórias, em múltiplas mídias.


Prí Loredo

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