Posts Tagged ‘henry jenkins’
As empresas estão aprendendo a utilizar diferentes canais de mídia para criar relacionamento, incentivar a participação coletiva e o intercâmbio de ideias. Visando assim, aumentar as oportunidades de lucros, ampliar mercados e consolidar seus compromissos com o público.
Já as pessoas estão aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias para participar ativamente de sua cultura, interagir uns com os outros e ter um controle mais completo sobre o tipo de mídia e produto que consome.
Surge então um novo ambiente de interação em que há um fluxo mais livre de ideias e conteúdos. Já que a internet potencializa a participação coletiva, afirma Tapscott , cabe às empresas aprenderem como utilizar esse recurso para crescer e se reinventarem. Isso porque empresas inteligentes são aquelas que trazem seus clientes para as suas redes de negócios e atribui a eles papéis de liderança no desenvolvimento da próxima geração de produtos e serviços.
Segundo O`Reilly, sistemas, conteúdos ou serviços são criados para serem aperfeiçoados a partir da participação dos usuários. Assim, as pessoas podem adicionam conhecimentos aos serviços e quanto mais o utilizarem, melhores eles se tornarão.
Um dos melhores exemplos de participação coletiva atualmente é a criação colaborativa do Fiat Mio, o carro do futuro. Quer saber mais sobre o projeto? Acesse: Marcas Texto.
Depois de finalizado o projeto a FIAT divulgou um vídeo sobre como seria um dia no futuro com o FIAT MIO. Vale a pena conferir porque é incrível:
Vídeo via Brainstorm9
SER IMERSIVO
Posted 30/11/2010
on:Ser um profissional imersivo significa envolver as pessoas em uma comunicação interativa, relevante e repleta de novas experiências. Para isso é importante o relações-públicas apreender os conceitos de transmedia storytelling, inteligência coletiva e cultura participativa.
TRANSMEDIA STORYTELLING:
Segundo Jenkins (2009) transmedia storytelling é a arte e a técnica de transmitir mensagens, temas ou histórias através de diferentes plataformas de mídia. Tudo começa com uma história central que se desdobra em meios diferentes. E no mundo interconectado de hoje, a narrativa transmídia convida o público a participar e vivenciar uma experiência mais profunda e rica com a história, navegando através de diferentes mídias.
Uma história transmídia, “desenrola-se através de múltiplas plataformas de mídia, com cada novo texto contribuindo de maneira distinta e valiosa para o todo” (JENKINS, 2009, p.138). Para que uma história possa ser expandida em outras mídias é importante escolher o melhor meio para veicular a mensagem proposta – que deve ser autônoma – de modo que “não seja necessário ver um filme para gostar do game e, vice versa” (JENKINS, 2009, p.138).
INTELIGÊNCIA COLETIVA:
Inteligência coletiva é “uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta uma mobilização efetiva das competências” (LÉVY, 1999, p. 28). Portanto, é fato que conectadas na internet, muitas pessoas utilizam seus conhecimentos individuais para fins e objetivos comuns.
Porém é importante lembrar que “Ninguém sabe tudo. Todo o conhecimento reside na humanidade. A Inteligência coletiva refere-se a essa capacidade das comunidades virtuais de alavancar a expertise combinada de seus membros” (LÉVY, 2008, p.20 apud JENKINS, 2009, p.56).
CULTURA PARTICIPATIVA:
Segundo Jenkins (2009, p.53), o público que ganhou poder com as novas tecnologias e vem ocupando um espaço na intersecção entre os velhos e os novos meios de comunicação, está exigindo o direito de participar intimamente da cultura. Portanto, a circulação de conteúdos – por meio de diferentes sistemas de mídia, ou fronteiras nacionais – depende fortemente da participação ativa das pessoas.
Atualmente, conteúdos, que antes eram somente produzidos e distribuídos por profissionais e produtoras, estão ao alcance de todos na Internet. Pessoas que desejam participar de sua cultura ganharam espaço na economia da participação. Nesta economia o ambiente se traduz entre trocas mútuas entre públicos e mídia. Ou seja, os usuários participam buscando visibilidade e reputação, fazendo sua opinião chegar ao grande público. Já a mídia, segundo Jenkins (2009) entende a participação do usuário como sendo uma fonte alternativa de poder midiático e se apoia a eles com o intuito de potencializar o seu próprio poder.
Além desse exemplo, quem não se lembra da repercussão do #CALABOCAGALVAO – Na Copa do Mundo?! E o fail da #CHUVADETWIX ?!
Isso exige que as empresas repensem a forma como se relacionam com seus diferentes públicos e compreendam que estamos passando por mudanças na forma como as pessoas se relacionam, produzem mídia e principalmente se comunicam e interagem.
Se os antigos consumidores eram previsíveis e ficavam onde mandavam que ficassem, os novos consumidores são migratórios, demonstrando uma declinante lealdade a redes ou a meios de comunicação. Se os antigos consumidores eram indivíduos isolados, os novos consumidores são mais conectados socialmente. Se o trabalho de consumidores de mídia já foi silencioso e invisível, os novos consumidores são agora barulhentos e públicos. (JENKINS, 2009, p. 47)
Fato é que a convergência dos meios de comunicação permite um fluxo mais livre de ideias e conteúdos, portanto, estimula as pessoas a participarem mais ativamente de sua cultura, a construírem coletivamente o conhecimento e buscarem novas experiências através de narrativas transmidiáticas.
#Henry Jenkins – Cultura da Convergência – vale a leitura!
#Texto retirado do meu TCC.
A convergência não está presente apenas nos entretenimentos, conteúdos e serviços que fluem em diferentes mídias, mas também nos relacionamentos, memórias e fantasias que fazem parte do dia a dia das pessoas.
Um relacionamento a distância, por exemplo, pode ser construído através de diferentes plataformas de mídia – seja mensagens instantâneas, ligações de voz, músicas ou vídeos produzidos e distribuídos na internet ou e-mails trocados constantemente.
Atualmente, com o auxílio da convergência de mídia, as pessoas estão adotando posturas participativas e ativas, e muitas vezes acabam assumindo o controle das mídias, o que pode trazer resultados positivos ou negativos:
Como foi o caso recente de um pedido de casamento feito pelo twitter que alcançou os TT – #BrunaDigaSim e foi divulgado em diversas mídias.
Confira publicação em:
http://priloredo.tumblr.com/post/1348391834/afinal-o-que-e-cultura-da-convergencia
Transmídia Storytelling
Transmedia Storytelling
Posted 03/10/2010
on:Acredito que essa frase, retirada do livro “Cultura da Convergência” de Henry Jenkins, transmite a essencia do transmedia storytelling:
Quando comecei, era preciso elaborar uma história, porque, sem uma boa história, não havia um filme de verdade. Depois, quando as sequências começaram a decolar, era preciso elaborar um personagem, porque um bom personagem poderia sustentar múltiplas histórias. Hoje, é preciso elaborar um universo, porque um universo pode sustentar múltiplos personagens e múltiplas histórias, em múltiplas mídias.
O RP na Cultura da Convergência
Posted 07/07/2010
on:Estamos assistindo de camarote o surgimento de uma forte “cultura da convergência” (JENKINS). Não só convergência de mídias, tecnologias ou informações. Mas também convergência de comportamentos.
É ISSO MESMO. Nossos comportamentos, hábitos e costumes estão em constante convergência. Ou seja, a geração z, geração y, os baby boomers e pq não falar também da classe C ( sim ela também está mudando) – estão interagindo, se relacionando em diversas plataformas de mídia – seja para criar seu próprio conteúdo, interagir, fazer compras, se informar ou para o simples hábito de se relacionar. SIM, AS PESSOAS QUEREM DIÁLOGO!
Pode ser Diálogo entre empresas, amigos e até com quem não temos ideia de quem seja. Não importa a distância, cultura, localização ou idioma. Estamos todos conectados em rede. Podemos ver vídeos no youtube, baixar conteúdos em sites, ouvir música em canais de rádio online, fazer download de filmes, comentar fotos de amigos no orkut e seguir pessoas de interesse no twitter.
HOJE, PODEMOS CONVERSAR COM O MUNDO. INTEGRÁ-LO. DIVIDIR EXPERIÊNCIAS. CRIAR RELACIONAMENTOS – COM QUALQUER PESSOA, EM QUALQUER LUGAR – UTILIZANDO DIVERSAS PLATAFORMAS DE MÍDIA.
Pensando nisso, com quantos públicos, nós, relações públicas temos que nos relacionar? Quantos públicos devemos focar nossas ações? Quem são esses novos públicos, o que querem, qual seu comportamento e como engajá-los?
Responder essas perguntas não é tarefa fácil. Colocá-las em prática no nosso dia a dia como comunicadores, menos ainda.
Isso porque devemos nos preparar para ser um profissioanal convergente. Ou seja, um profissional que esteja preparado para trabalhar com os DIFERENTES tipos de público, utilizando DIFERENTES plataformas de mídia para fazer o que é preciso: CRIAR RELACIONAMENTO, DIÁLOGO E ENGAJAR SEUS PÚBLICOS.